Um pouco de História

O Leite Condensado:
Aposto que a primeira aventura na cozinha de muitos foi fazendo um brigadeiro na panela com a velha colher de pau, vai, tem a musse também de leite condensado, creme de leite e o suco de maracujá concentrado, ok? O pêssego em calda com leite condensado é infalível. O melhor de tudo é que sempre surge a tentação de passar o dedo no fundo da latinha para raspar a ultima gota. Hum... que delicia, uma crise de TPM é facilmente domada com duas colheradas dessa bomba calórica.
É esse ingrediente é fogo, tem quem diga que tudo fica bom com leite condensado. Seja no almoço de família, na musse guerreira da sua tia, no brigadeirão firmeza da sua irmã (que é na verdade a única coisa que ela sabe fazer) ou na mesa de doce tentadora dos aniversários, ele tá lá: O Leite Condensado ou já muito conhecido Leite Moça, um ingrediente prático e rápido para salvar a receita e levar ao delírio qualquer pedante na cozinha, mas como esta mocinha de vestido vermelho veio parar em nossas casas e principalmente em nossas receitas? Quem é aquela ´´mocinha`` da latinha? Vamos lá...
Final do século XIX, após quase 60 anos o Império chega ao fim. Viva a República! O progresso rodeia o nosso país, olhares voltados para o futuro. A economia brasileira, baseada na exportação de alimentos e matéria prima para o mercado europeu e norte-americano, está em plena expansão. Um grande leva de estrangeiros chegam ao pais por conta do fim da escravatura. Muitas mudanças e um novo espírito reflete na população. Produtos refinado, antes sonhadoramente ambicionados, tornam-se uma realidade viável, uma possibilidade concreta. Os portos brasileiros agitam-se com o desembarque de artigos de importação. Entre eles, chega também a primeira leva das latinhas brancas com a mocinha de vestido vermelho, trazida diretamente da Suíça. A jovem com trajes típicos que aparecia nos rótulos das embalagens era uma camponesa suíça do século XIX. Naquela época, o leite condensado mais popular da Suíça tinha a marca La Laitière, que significa “vendedora de leite”.
Esta bela mocinha, remonta a Suíça do século XIX, aos tempos de Henri Nestlé, um químico curioso e sonhador que vivia na cidade suíça de Vevey, onde montou um pequeno laboratório. Foi neste laboratório que ele se dedicou em pesquisar novas maneiras de preservar alimentos, em uma época em que poucos pensavam nisso.
A condensação do leite adoçado foi uma das técnicas que se descobriu para conservar o leite por longo tempo. Assim, foi em Cham, outra aldeia da Suíça, que se fabricou pela primeira vez o leite condensado, graças a uma associação de Henri Nestlé com a Anglo Swiss Condensed Milk, do norte-americano Gail Borden, ao tentar desidratar o leite comum, descobriu que, antes de transformar-se em leite em pó, o produto se transforma em leite condensado, porém esta descoberta só foi valorizada quando estourou a Guerra Civil Americana, quatro anos depois. Transportando leite em pó e leite condensado para as tropas e depois colocando esses produtos no mercado.
A mais nova maravilha doce em pouco tempo foi difundida e popularizada pelo muito. A primeira fábrica destinada à produção de leite condensado chegou ao Brasil em 1921. Toda tecnologia era trazida da Suíça, além da conservação do próprio rótulo original, com a marca da mocinha, incorporando de forma definitiva o uso do Leite Moça em nossa doçaria (ainda bem!).
 Viva o Chocolate!
Chocolate é gostoso de qualquer jeito. No mundo inteiro, o gosto pelo chocolate é praticamente uma unanimidade. Além de ser uma excelente fonte energética, o chocolate também oferece inúmeros benefícios nutricionais. O consumo do chocolate no Brasil ainda está muito ligado as idéias de comemorações e presentes, com picos na páscoa e nas festas de fim de ano. O cacau contém substancias chamadas flavonóides, potentes antioxidantes que desempenham papel importante para nossa saúde. Esse famoso e já muito comentado poder antioxidante é responsável por neutralizar os efeitos danosos dos radicais livres, diminuindo o risco de doenças e atenuando os efeitos causados pelo processo de envelhecimento. Além disso, um chocolate com alta concentração de cacau (em torno de 70 – 80%) eleva no nosso organismo os níveis de serotonina e feniletilamina no cérebro, substancia responsável em transmitir sensação de bem estar e bom humor ao nosso corpo. Também presente no chocolate, a teobromina é quem garante a energia positiva e favorece a nossa atividade mental. Agora sim! Vários motivos de sobra comer chocolate sem culpa.


Um pouquinho da sua história...
Os tempos modernos do cacau foram marcados do inicio do século XIX até o final dos anos 70. Em 1828 Van Houteen obteve pó de cacau por achatamento desengordurado, em 1847 Fry passou a comercializar o chocolate em tablete e Peter inventou o chocolate ao leite em 1876. Mas não faltou aperfeiçoamento nas linhas de produção ao longo dos anos. A revolução da indústria do cacau é atual. O cacau é o fruto do cacaueiro, que cresce em florestas tropicais (África, Caribe, Havaí, América do Sul). O cacau é um produto agrícola cultivado em pequenas plantações familiares, nos países em desenvolvimento e com clima quente e úmido. Esse alimento não é considerado de primeira necessidade, alem de ser relativamente caro e pouco consumíveis, tais fatores explicam as dificuldades de sua cultura e comercialização.
Assim como café e o vinho, o chocolate reflete as características do solo e do micro clima na região de origem do cacaueiro. O fruto varia de amarelo-alaranjado a marrom e possui muitas sementes recobertas por uma casca branca. Estes grãos são postos para fermentar para que a casca seja removida. Sua composição é dada por água, amidos, celulose, ácidos, taninos, açúcar, gordura e cafeína. Após a fermentação, os grãos são secos, torrados e quebrados em pedaços menores. Desses pedaços são extraídos os sólidos de cacau ( a pura essência do chocolate), além da gordura, chamada manteiga de cacau, que é utilizada tanto na alimentação quanto na indústria cosmética. O que resta pode ser transformado em cacau em pó. Para o processo industrial do chocolate são adicionados açúcar, aromatizantes (um deles é a baunilha), algumas vezes leite e lectina (umulsificante derivado da soja que evita que o chocolate em formação se separe durante o processo de derretimento). Quando o chocolate é de boa qualidade, geralmente adiciona-se mais manteiga de cacau nesse ponto. Após todos os ingredientes terem sido combinados, o chocolate é batido constantemente (as vezes durante dias e dias seguidos) para diminuir o amargor e reduzir o tamanho das partículas, dando ao chocolate uma consistência mais homogênea e cremosa. Agora sim, o chocolate é temperado e embalado em pacotes dependendo do deu destino final.


Para saber ...
Temperagem do chocolate: temperagem ou pré cristalização do chocolate consiste no resfriamento longo e gradual do chocolate, de tal modo que formam-se cristais de manteiga de cacau uniformemente. Isso evita que a manteiga de cacau separe da massa de cacau, garantindo uma estrutura compacta e homogênea, secagem rápida, brilho, textura macia e prazo de conservação prolongado do chocolate. Três fatores são importantes na temperagem do chocolate: tempo, temperatura e movimento. O chocolate deve ser derretido até no Maximo 45 graus.